Você sabe como um MINISTRO do STF é escolhido?
Pergunta o jornal Gazeta do Povo.
Aliás, por que do povo se povo gosta é de requebrar em vez de ler? Mas isto é
outra história e no momento lidamos com a pergunta da Gazeta do Povo. Embora seja fácil a resposta à pergunta da
Gazeta, nenhuma banca formada de políticos concordaria com a resposta fácil: os
ministros do STF são escolhidos por quem lá no mais íntimo de sua personalidade
guarda muitos motivos pelos quais algum dia virá a necessitar de foro
privilegiado.
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A ordem política é fruto de uma ordem ética (Confúcio).
Infelizmente, verdadeiramente
infelizmente, não é assim. Como seria bom se fosse. Pode ter sido verdade no
tempo que viveu Confúcio porque se ética tem a ver com moral, que tem a ver com
honestidade, que tem a ver com o objetivo da política, citado por Thomas Paine
em Senso Comum, e que seria o de assegurar a tranquilidade social com o menor
custo, sendo a intranquilidade e altíssimos os custos o resultado da política
em todo o mundo, e se reina tamanha injustiça que segundo Ladislau Dowbor em O
Capitalismo Se Desloca, um por cento dos humanos é porque estamos a anos luz do
pensamento dos mestres Confúcio Paine porque a política que administra a
sociedade humana tem por objetivo primeiríssimo incentivar o analfabetismo
político a fim de ser mais fácil levar o povo no papo furado. Um exemplo desta
triste realidade á a reivindicação de governantes para que jogos sejam
realizados em seu país. Enquanto a turba esperneia no gol, o ferro canta no seu
lombo.
Governo não é um cabide de emprego, o ato de governar deve
estar nas mãos daqueles que estão dispostos a se sacrificar pelo bem comum. (Livro
de Carlos Alexandre de Paula intitulado Qual é Nossa Crise, pag. 82).
Parece gozação com a cara da gente. Que sacrifício há em ter
vida tão regalada em palácios com acesso a montanhas de dinheiro para fazer
dele o que bem quer, inclusive levar para casa e aumentar a riqueza se já é
rico ou ficar rico se era pobre?
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Estou cada vez mais convencido que chegou o momento de
encontrarmos uma maneira de pensarmos a espiritualidade e a ética acima da
religião (XIV Dalai Lama).
Nunca deixou de haver no mundo quem
pensasse com sensatez pelo menos uma vez na vida sem que de nada adiantasse. As
imensas turbas muitas vezes vitimadas por desastres e atos terroristas buscando
proteção divina é a indiscutível prova do que diz Vinicius Bittencourt em
Falando Francamente quando afirma que mesmo depois de ter a ciência provado a
origem do universo, ainda permanecerá a crença na criação divina.
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Justificar tragédias como vontade divina tira da gente a
responsabilidade por nossas escolhas. (Humberto Eco).
Grande! Doutor Humberto. Esta verdade
era justamente a razão do combate sistemático de Nietzsche à religião. Não era
atoa sua implicância, visto que a religiosidade castra a capacidade de
raciocinar com sua história mal contada de não se discutir os mistérios de
deus, quando, na verdade, deus não é nada mais que uma invenção humana. Esta é
a razão pela qual ele é representado com forma de homem e não de mulher por
causa do machismo que faz dizer “eles” para se referir a um grupo de cem
mulheres e apenas um homem. Daí o dito de um pensador de que se o porco ou o
cavalo criasse um deus ele teria a forma de porco ou cavalo.
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Quando o homem deixa de crer em Deus, pode crer em qualquer
coisa (G. K. Chesterton).
Assim como a sabedoria do pensamento
do Dalai Lama citado acima, a respeito de religião, deparamos com esta
aberração mental do escritor britânico Chesterton se quem acredita em deus é
que é justamente quem é capaz de acreditar em qualquer coisa como Jonas ter
sido engolido por uma baleia e cuspido por três dias depois sãozinho da silva. E
que dizer das pragas no Egito?
Olha, minha gente, um conselho de
quem observa a vida há quase um século: é bom pensar sobre o seguinte
pensamento de mestre Honoré de Balzac, em Ilusões Perdidas: “Existem duas
histórias: a história oficial, aquela que nos ensinam; e a história secreta, na
qual se encontram as verdadeiras causas dos acontecimentos, uma história
vergonhosa”? Por não pensar é que o povo não sai da situação de povo a fim
de ser gente.